Nós Vamos de Carro: 2002 - São José dos Ausentes

"Aparados da Serra são as encostas da Serra Geral em vertical, de parte do Sul do Brasil. Estas encostas foram chamadas pelos Tropeiros de Aparados, pois estando em vertical parecem ser cortadas a faca...". Eu acredito que o termo "aparados" venha da parte horizontal a beira dos canyons, que são bem planas, parecendo terem sido aparadas.

Controversias a parte, relataremos um belo passeio que fizemos em maio de 2002, aos Aparados da Serra, em São José dos Ausentes - RS, na região do Canyon Monte Negro, cerca de 40 km da cidade.

Depois de uma rápida pequisa na internet, conseguimos vaga em uma pousada próximo ao Canion. Ainda pela internet, procuramos uma rota para fugir da BR 101 sul, em obras. Numa sexta feira eu, Tetê, Renata e Marcelo seguimos até Urubicí, onde pernoitamos no Sitio do Antonio, na Cascata do Avencal. No Sábado pela manhã seguimos para Bom Jardim da

Serra. Demos uma rápida chegada no mirante da Serra do Rio do Rastro e como não havia visibilidade devido a neblina, não nos demoramos e retornamos alguns quilômetros, para seguirmos em direção sul por uma estrada totalmente

desconhecida, não identificada em nenhum mapa que consultamos, que nos levaria até o Rio Pelotas, divisa SC/RS. Foram duas horas para percorrer os 32 Km - estrada estreita, muitas pedras e curvas, além do carro

muito baixo, com quatro pessoas e várias paradas para apreciar a natureza. A estrada era muito ruím, mas o visual maravilhoso. Da divisa até a Pousada Fazenda Morro da Cruzinha, foram mais 9 Km, por estradas

melhores, em terreno plano.
A Pousada é muito simples, mas bem aconchegante - é na própria residência do casal Ailto e Elizete, que recepcionam muito bem. Chegamos com

muita fome, por volta de 14:00 hs e por sorte, ainda tinha almoço - não fazia parte da diária, mas não havia nenhum restaurante no caminho. Após o almoço e um breve descanso, "seu Ailto" nos levou para visitar uma cachoeira e alguns lugares ao redor da fazenda.

A noite, após o jantar estávamos comendo pinhão assado na chapa quando tocou o telefone. Percebemos que era alguém a procura de hospedagem, mas não havia mais vagas. Nós tínhamos ocupado dois quartos - eu e Tetê em um e Marcelo e Renata, nossos filhos, em outro. Como em nosso quarto além da cama de casal havia um beliche, enquanto seu Ailto conversava ao telefone questionamos com "as crianças" se poderiam dormir conosco - prontamente aceitaram. Cedemos um quarto para a hospedagem de um casal de Porto Alegre, cujos nomes não lembramos, que ao chegar muito nos agradeceu, pois já passava de 21:00 h e não havia mais vagas na cidade.